FESTIVAL DE TEATRO AJIDANHA 2023
O Festival de Teatro Ajidanha é sem dúvida um dos eventos anuais que mais nos orgulha e dá prazer de realizar, pois permite-nos trazer até Idanha-a-Nova um leque vasto e diversificado de espetáculos de teatro que serão levados a cena por grupos com os quais temos relações de grande afetividade e de admiração pelo trabalho que desenvolvem. E este ano a organização deste certame foi ainda mais especial, pois foi realizado no ano em que a nossa associação comemorou o seu 25.º aniversário.
Tendo por base esta premissa preparámos um cartaz, que pensámos ter ido ao encontro dos mais variados gostos de quem se dirige ao nosso espaço agora renomeado: TEATRO ESTÚDIO SÃO VEIGA, em homenagem à nossa sócia fundadora e honorária.
A programação, tendo sido muito diversificada, pretendeu abranjer todos os públicos e diversos estilos artísticos. Destacando-se, além dos vários grupos nacionais que participaram, a presença de um grupo espanhol e dois grupos vindos do brasil.
Ao longo de todo o festival, e em complemento aos espetáculos que foram exibidos, o público que se dirijiu ao nosso teatro estúdio pôde ainda assistir a uma exposição que esteve patente durante os dias do festival, através da qual se pretendeu revisitar todos os espetáculos de teatro que a ajidanha foi criando ao longo destes 25 anos de existência.
“Kalash, ensaio sobre a extinção do outro” COLETIVO RESISTE, de Recife (Brasil) Dia 29 de setembro de 2023, sexta-Feira, 21h30m – Teatro Estúdio São Veiga
SINOPSE: KALASH é um ensaio crítico e iconográfico sobre os dias que vivemos, não somente no Brasil. É sobre autoritarismo, negacionismo, extremismo religioso, ódio, assassinato em massa e as diversas formas de apagamento, de aniquilamento, de silenciamento das outras vozes, as hereges, as dissonantes, as inconformadas, as não normalizadas, as insubmissas, as que dizem “basta!”, “já chega!”, “não mais!”, “fora!”. A que futuro a falta de diálogo e empatia podem nos levar? Nós não respondemos. Nós perguntamos.
FICHA TÉCNICA:
Dramaturgia e direcção: QUIERCLES SANTANA
Elenco: BRUNA LUIZA BARROS, TATTO MEDINNI, SANDRA RINO
Produção executiva: RAFAEL DAYON
Direcção musical: KLEBER SANTANA
Iluminação: LUCIANA RAPOSO
PREPARAÇÃO CORPORAL: TATTO MEDINNI
Coreografias: SANDRA RINO
Fotografias: MORGANA NARJARA, ARREPARAVISSE, DANILO GALVÃO
Costura: GEORGETE BARLAVENTO
Adereços: TIANE SANTANA, LAYLA BARLAVENTO
Cenotécnica: FLAVIO FREITAS
Mídias: BRUNA LUIZA BARROS, QUIERCLES SANTANA.
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: >16 anos
COLETIVO RESISTE
Somos artistas independentes reunidos por uma missão em comum: realizar um espetáculo de teatro que expresse nossa completa indignação diante da política de morte, da violência, das injustiças que dia a dia ameaçam nossas vidas, nossos corpos, nossos sonhos. Ameaça que existe nas ruas, nas praças, nas portas e dentro de casa. O teatro, a dança, a música, a poesia são nossas armas de ataque, de defesa, de conscientização. É para cada ser que se sente intimidado ante o poder soberano, ante a ameaça de extinção, ante as regras de massacre indiscriminado, que dizemos: “Não se acomode! Levante! Coragem! Lute! RESISTA!”
“Al Pantalone” de Mário Botequilha UltimACTO, de Cem Soldos (Portugal).
Dia 30 de setembro de 2023, sábado, 21h30m – Teatro Estúdio São Veiga
SINOPSE: Esta é a história da maior falcatrua que já existiu no nosso país. Duas personagens, (uma tem o banco nas mãos, outra tem a lei no bolso), vão esmifrar todos os otários a que conseguirem deitar a mão. Um deles chega a ser condecorado, por ter feito o milagre da multiplicação das pessoas pobres a partir das pessoas remediadas. E de quem é a culpa? É de quem a apanhar… Vitória, vitória, acabou-se a história.
FICHA TÉCNICA:
Al Pantalone: António Craveiro
Doutor: António Clemente
Columbina e Isabela: Inês Curdia
Zanni: Paulo Santos
Flávio: Filipe Cartaxo
Capitão Ta Ta TaTaTão: José Carlos Marques
Encenação: Luís Tomás
Luminotecnia e Sonoplastia: Álvaro Lopes e Bruno Cartaxo
Cenografia e figurinos: ULTIMAcTO
Costureira: Rosa Craveiro
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: > 12 anos.
ULTIMAcTO – Grupo de Teatro O Grupo de Teatro de Cem Soldos, reaparece em 1989, renovado (após uma paragem de alguns anos), com uma nova formação, que o levará a ser mais tarde ULTIMAcTO. No seu historial aparecem as seguintes produções: “A Vizinha do Lado”, “Meu Marido que Deus Haja” e “Está Lá?” de André Brun. “Café Orion” de Rui Mesquita, “Conversa Entre Mulheres” e “Retalhos da Vida Militar” de Raúl da Glória Dias, “Sopa de Histórias”, “Máquina do Tempo”, “A Real Idade” e “Na Terra dos Sonhos”, peças infantis escritas pelo grupo, “Os Broncos”, infantil baseada em textos de Karl Valentin, “As Histórias do Anão Fantochadas”, infantil baseada em textos de Gianni Rodari, “Corpo Delito Na Sala de Espelhos” de José Cardoso Pires, “A Cantora Careca” de Eugene Ionesco, “O Tio Maravilhas”, infantil de Orlando Neves, “O Tesouro”, baseada no livro de Manuel António Pina, “Agora, olha…” e “E Se. Por Acaso. Ainda” de Jaime Salazar Sampaio, Participou nas produções “Indians” de Arthur Kopit e “Duas Luas Entre Dedos” de A. Cabrita,“Gilberto e Mónica” de Vicente Sanches, “O Livro da Ilusão” infantil de Domingos Galamba, “As aventuras de Joanico Viageiro” adaptação de António Clemente, a partir de Gianni Rodari, “As Aventuras de Limpopó” de José Vaz, “A Bengala”, de Prista Monteiro, adaptação do grupo, “Onde pára o Joanico?” de António Clemente, “O Gato Malhado”, de Jorge Amado, adaptação de António Clemente, “Médico à Força” de Moliére, adaptação do grupo. “Joanico de volta ao mundo”, de António Clemente, Delphim Miranda e Rui Ferreira. “A Vingança de Antero ou Boda Deslumbrante”, de Luísa Costa Gomes. “Joanico Especial de Natal”, de António Clemente “Os dois Menecmos”, de Plauto, adaptação do grupo. “Kusdiabos”, texto do grupo a partir de Rutinaldo Miranda Junior “Nióbio” de Carlos Costa e Ana Felício (adaptação).
“Cordão” ASSOCIAÇÃO FÉRTIL, de Famalicão (Portugal). Dia 1 de outubro de 2023, domingo, 17 horas – Teatro Estúdio São Veiga
SINOPSE: Como é que os bebés vão parar à barriga? O que é este fio que está preso no bebé? Como se chama? Serve para o bebé se segurar? E eu, como é que eu nasci? Estas e outras perguntas fazem parte da curiosidade da criança. Uma semente que cresce e se transforma. Um coração que bate. Dois braços que abraçam o mundo. Dois olhos que se abrem e uma canção que se escuta. É o cordão da vida, o cordão que conta a tua e nossa história e que acumula histórias de outras vidas. Este cordão não tem fim.
FICHA ARTÍSTICA:
Direcção: Neusa Fangueiro
Textos: Neusa Fangueiro e Regina Guimarães
Encenação: Isabel Barros
Interpretação: Neusa Fangueiro e Rui Leitão
Cenografia: Sandra Neves
Figurinos: Filipa Carolina
Música e sonoplastia: Rui Leitão
Assistente de encenação: Tanya Ruivo
Desenho de Luz: Paulo Neto
Produção Executiva: Ana de Sousa Vieira
Apoio ao Malabarismo: Dayse Albuquerque
Tecedeira: Rita Cantante
Ilustração: Romeu
Leitão Design: João Gomes
Residência Artística Acompanhada no LU.CA – Teatro Luís de Camões Co-produção Fértil Cultural, Casa das Artes de V. N. de Famalicão, Centro Cultural de Belém, Cine Teatro João Verde. Estrutura Financiada pela Direção Geral das Artes/ Ministério da Cultura
Agradecimentos: Vânia Pereira e Associação Gerações
PÚBLICO-ALVO: 3 aos 6 anos
ASSOCIAÇÃO FÉRTIL A Fértil surge do encontro entre o teatro e a antropologia, duas formas de olhar para o ser humano como produtor de cultura e de questionar a sua condição de vida. Em 2010 é fundada a associação com o propósito de dar voz às criações e investigações que partam desse princípio. As criações da Fértil assentam essencialmente no teatro e na sua relação com as outras formas artísticas. O teatro é por excelência o laboratório onde se permite a experimentação do nosso trabalho. Privilegiando as criações originais, permite-nos, como criadores, uma melhor abordagem às mais diferentes temáticas e a adequação destas ao nosso propósito, assim como a afirmação dos artistas envolvidos. É aqui que nos expressamos e onde partilhamos o nosso pensamento com o outro. O objecto de trabalho da Fértil – arte, educação e cultura – é a base de desenvolvimento de todos os seres humanos, independentemente da sua etnia ou cultura. Estes três pontos são horizontais e pertencem a todos nós num formato não hierárquico. Acreditando nas capacidades de todos, a Fértil pretende desenvolver os seus trabalhos numa forma simbiótica de dádiva, partilhando os seus conhecimentos e aprendendo com os conhecimentos dos outros.
“SIBILA, O Mistério das Coisas” CIA. SECONDAREA (Brasil/Itália). Dia 2 de outubro de 2023, segunda-feira, 21h30m – Teatro Estúdio São Veiga
SINOPSE: Um monólogo (quase) sem palavras, no qual teatro e dança se misturam para dar origem a uma Cena cheia de força ancestral feminina. A mística Sibila, aquela acerdotisa pagã, que no mundo antigo dialoga com asdivindades, aquela que prediz o futuro, que decifra o passado, que inquire o presente e previne os humanos. Sibila também é a serpente e o risco iminente da morte, o fim irremediável de tudo o que perece ante a passagem das horas. Neste espetáculo ritualístico e simbolico, o mito Sibila é trazido aos olhos dos espectadores através da voz, do olhar, do corpo e da movimentação performatica da atriz Surya Marielle que no espaço, esculpe camadas de silêncios, densidades, enigmas e busca efetivamente instaurar atmosferas de atravessamentos afetivos, êxtases e empatia, querendo capturar o lado emocional e reflexivo do público. É sobre magia e encantamento, sobre potência e ato, sobre resistência feminina. É sobre você, eu e o mistério que nos habita.
FICHA TÉCNICA:
Roteiro dramatúrgico: Surya Marielle e Quierles Santana
Atriz Performer: Surya Marielle
Encenação: Quiercles Santana
Direção de Arte: Surya Marielle e Quiercles Santana
Iluminação: Luciana Raposo
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: > 18 anos
CIA. SECONDAREA SecondArea é uma associação cultural de produção e de formação artística com compromisso social que envolve teatro, música, arte-terapia, clownterapia, artesanato, artes visuais e residências. Desde 2011 a SecondArea tornou-se um terreno fértil, um “gesto aberto” que oferece a oportunidade de expressar livremente a sua subjetividade artística/criativa, um motor de encontros entre diferentes disciplinas, um recipiente de arte para estudo e pesquisa em que se pode colocar as ideias em prática, uma ferramenta fundamental para a participação ativa na vida cultural e social, favorecendo o intercâmbio intercultural, incentivando o encontro, a experimentação e o planejamento participativo entre as pessoas.
No final do espetáculo “Síbila”, a ajdanha ofereceu um adufe do festival, ao encendor do Recife (Brasil) Quiercles Santana, por já ter apresentado três produções no nosso festival.
“Guerra” um filme de José Oliveira e Marta Ramos (Portugal). Dia 3 de outubro de 2023, terça-feira, 21h30m – Teatro Estúdio São Veiga
SINOPSE: A partir da rememoração de um professor de Língua Portuguesa na actualidade, vamos seguir Manuel, o seu pai, ex-combatente da nossa guerra colonial e constantemente atormentado por essas lembranças. Iremos com ele até ao fundo dos lugares físicos que o obcecam – dos quartéis da formação até aos lagos e jardins da sua juventude e enamoramento – bem como ao abismo da sua memória – a guerra e a paixão juntas, indestrinçáveis, numa batalha que pergunta ou grita as imemoriais dúvidas existenciais.
FICHA TÉCNICA:
Realização: José Oliveira, Marta Ramos | Argumento: José Oliveira, José Lopes | Produção: Abel Ribeiro Chaves, José Oliveira, Marta Ramos | Fotografia: José António Loureiro, Manuel Pinto Barros, Pedro Bessa | Som: Felipe Zenícola, Bernardo Theriaga | Produtora: OPTEC – Filmes | País: Portugal | Data de Produção: 2020 | Elenco: José Lopes, Dulce Pascoal, Fernando Castro, Daniel Pereira, António Soares, Ana Alexandra, Diogo Dória e Luís Miguel Cintra
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: > 14 anos.
Sobre os realizadores: JOSÉ OLIVEIRA é realizador e professor de Cinema. Fundou o Lucky Star Cineclube de Braga e lecciona as cadeiras de História do Cinema e Realização na Cascais School of Arts & Design. Os seus últimos filmes foram: LONGE (presente na seleção oficial de Locarno 2016) e Os Conselhos da Noite (a estrear este ano). Guerra, co-realizado com Marta Ramos, ocupou-os nos últimos três anos. Filmografia selecionada: 2011 – Pai Natal (curta-metragem) 2012 – Sem Abrigo (curta-metragem) 2012 – Times Are Changing, Not Me (doc) 2014 – 35 anos depois, O movimento das coisas (doc) 2016 – Longe (curta-metragem) 2019 – Os Conselhos da Noite (longa-metragem) 2020 – Guerra (longa-metragem) MARTA RAMOS nasceu em Lisboa, em 1984, e licenciou-se em Arquitectura na mesma cidade. Colaborou, durante os últimos 10 anos, na produção, montagem e realização de filmes independentes. Dedica-se também de corpo e alma ao canto, expressão artística que tem registado em estreita cooperação com José Oliveira. Filmografia selecionada: 2012 – Sem Abrigo (curta-metragem) 2012 – Times Are Changing, Not Me (doc) 2014 – 35 anos depois, O movimento das coisas (doc) 2015 – Soneto à maneira de camões, 2015 2014 – Maio, Maduro Maio 2013 – Saddle the wind 2013 – Dá-me uma gotinha de água, 2013 2020 – Guerra (longa-metragem).
Formação de marionetas: Teatro de Brinquedo. Marionetista e narrador oral, FÁBIO SUPERBI. Dia 4 de outubro de 2023, quarta-feira, 18h00m – Teatro Estúdio São Veiga.
SINOPSE: O workshop é inspirado na antiga técnica do Teatro de Brinquedo e propõe que cada participante crie seu próprio teatro em miniatura, com suas histórias, marionetas e cenários.
Número máximo de participantes: 15 Duração: 80 minutos
Público alvo: maiores de 6 anos
Materiais: Materiais de reuso como cartão e papéis diversos, tecidos e cordões. Canetas coloridas, tesouras, cola de bastão e cola quente.
“Alguma coisa” de FÁBIO SUPERBI, Marionetas e Narração de Histórias (Brasil). Dia 4 de outubro de 2023, quarta-feira, 21h30m – Teatro Estúdio São Veiga.
SINOPSE: “Alguma Coisa” nos apresenta a história de um homem que passa seus dias entre a tranquilidade de sua pequena casa e suas tarefas no campo, sempre cercado pelos seus melhores amigos: as galinhas, as vacas e os peixes. Ao lado de sua pequena casa, há um pé de manga e em frente, há um lindo rio, o rio Piranga Um certo dia o homem recebe uma carta misteriosa. Uma carta que o desafia a construir alguma coisa que o retire do chão, que o aproxime das nuvens e o possa impulsionar para uma nova jornada. Uma viagem está a começar!
FICHA TÉCNICA:
Concepção e encenação: Fábio Superbi
Banda sonora original: Leon Bucaretchi
Cenários: Manu Romeiro
Produção: Heliodora + Estamos a Pensar Associação Cultural
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: > 5 anos.
Fábio Supérbi é marionetista e narrador oral. Trabalha com as marionetas, a memória e a literatura. É brasileiro de Minas Gerais, cruzou o mar para ouvir e contar histórias e adora pão de queijo com goiabada. Em Portugal, participou de diversos festivais, entre eles o MÓ – Marionetas Oeiras (menção honrosa), FOLIO, em Óbidos, Marionetas na Cidade, em Alcobaça, e ainda, Passa a Palavra, em Oeiras e o Festival Ondas de Contos, na praia de Paço D´arcos, entre outros. Faz parte da Estamos a Pensar – Associação Cultural (Portugal) e da Heliodora (Portugal/Brasil), plataforma de criação e integração de linguagens. E no Brasil, integra a Cosmoceânica Banda. Possui título de mestre pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Brasil), com enfoque no Teatro para as Infâncias e Juventudes. Licenciado em 2004, pela mesma Universidade, na área das Artes Cénicas.
Tertúla “Dramaturgias de um texto não teatral“, com Paulo Moreiras (seguido de leituras encendas, pelo Teatro Amador de Pombal). Dia 05 de outubro de 2023, quinta-feira (feriado), 17h00m – Jardim do Teatro Estúdio São Veiga
SINOPSE: Após a tertúlia com o escritor Paulo Moreiras sobre a “Dramaturgias de um texto não teatral“, haverá uma apresentação pública de leitura encenada, com elementos do TAP – Teatro Amador de Pombal, de um excerto da obra literária “A Vida Airada de Dom Perdigote” do escritor Paulo Moreiras (começou na banda desenhada, navegou pela poesia e desaguou no romance com “A Demanda de D. Fuas Bragatela”, “A Vida Airada de Dom Perdigote” é o seu novo romance).
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: > 12 anos.
“A minha família”, de Carlos Liscano AJIDANHA, de Idanha-a-Nova (Portugal). Dia 6 de outubro de 2023, sexta-feira, 21h30m – Teatro Estúdio São Veiga
SINOPSE: A Ajidanha estreou em 2007 o espectáculo “A Minha Família”, texto do autor Carlos Liscano. Nessa altura, a reflexão que o espectáculo propunha parecia prender-se sobretudo com questões da vida familiar. Hoje, 15 anos depois, num mundo em mudança bastante menos pacífico, os sentidos deste texto multiplicam-se e parece urgente remontar este espetáculo. O autor propõe-nos um olhar irónico sobre uma sociedade doente, numa tentativa de provocar uma maior consciência sobre a realidade. De uma forma surpreendentemente desconcertante, o texto faz uma sátira ao quotidiano de uma família e a todas as suas contradições. No espectáculo tentamos ampliar esse desconcerto, expondo seres humanos que destilam desumanidade e ao mesmo tempo têm comportamentos profundamente humanos, explorando o absurdo da vida e da nossa própria existência. Tal como nós, as personagens de “A Minha Família” vivem numa precariedade ridícula, numa sociedade que impõe a ideia de que tudo é negociável, que somos mercadoria num negócio onde outros lucram. A pergunta que permanece é: quanto vale a nossa existência?
FICHA TÉCNICA:
ENCENAÇÃO E TRADUÇÃO RUI M. SILVA
INTERPRETAÇÃO ANA GRILO, SOFIA MIGUEL, GABRIEL BONIFÁCIO, PEDRO GRÁCIO E RUI PINHEIRO
DESENHO DE LUZ PAULO VAZ E RUI M. SILVA
MONTAGEM TÉCNICA PAULO VAZ
GUARDA ROUPA SOFIA MIGUEL
COSTUREIRA ANA GAMEIRO
PRODUÇÃO AJIDANHA
APOIOS MUNICÍPIO DE IDANHA-A-NOVA, UNIÃO DE FREGUESIAS DE IDANHA-A-NOVA E ALCAFOZES
AGRADECIMENTOS SARA DE CASTRO, EMA CASTRO SILVA, RAPOSA E SACHI
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: > 12 ANOS AJIDANHA
A Ajidanha — Associação de Juventude de Idanha-a-Nova, foi fundada em 1998, promove diversas actividades culturais e workshops, no âmbito do teatro, da dança e das artes plásticas. A AJIDANHA, cria-se com um âmbito não só ligado ao teatro, mas também alargado a outras actividades culturais. A associação foi criada por e para pessoas abertas a novidades culturais. A AJIDANHA possibilita a participação alargada da população nas manifestações culturais, bem como promover uma abertura entre várias gerações, cujos benefícios são muitos, para os mais e menos jovens. A face da Ajidanha tem sido o grupo de teatro, com mais de duas dezenas de produções realizadas e apresentadas em vários festivais em Portugal, Espanha, Brasil, Canadá, Cuba e Itália.
“8.º Mandamento” ADAC teatro, da Charneca, Pombal (Portugal). Dia 7 de outubro de 2023, sábado, 21h30m – Teatro Estúdio São Veiga
SINOPSE: Trata-se de uma tragicomédia absurdista a partir de um ensaio sobre a existência humana. As relações de poder, numa rede hierárquica rígida, inalterável, são abordadas na sua forma mais ridícula e mesquinha. Consideram-se, pela espuma, campos específicos da compreensão da humanidade, tais como, a religião, a descriminação sexual, a guerra, a inveja, etc., e desenvolve-se um enredo que nos engaja numa postura crítica perante comportamentos gerais. Alguns conceitos são desconstruídos, expostos, denunciando a forma como foram sendo manipulados, corrompidos, pelo desejo intrínseco de dominar os outros, transversal a todos os humanos. O conceito de amor é um deles. A loucura, o despropósito, a violência gratuita, entre outras perturbações sociais, recorrentes nas sociedades conhecidas, são encaradas como necessárias para o sucesso no mundo real. ‘O Homem é a afirmação eternamente incompleta’ é a primeira deixa escrita desta peça. No final, é a que levamos no pensamento. A dúvida persiste. A existência humana está longe de ser compreendida. Ressalta apenas o absurdo de como tão grandiosa e brilhante pode ser de um lado e, do outro, atroz e devastadora.
FICHA TÉCNICA
Encenação: Gabriel Bonifácio;
Atrizes: Dália Luís e Joana Mendes Atores: Carlos Gonçalves e João Gonçalves
Textos de: Deus (Génesis adaptado por Gabriel Bonifácio), João Gonçalves, Joana Mendes e Gabriel Bonifácio
Voz off: Leandro Estanislau
Figurinos: Ana Gameiro
Sonoplastia: Octávio e Leandro Estanislau
Cenário: João Gonçalves
Luminotécnica: João Alegrete.
Caracterização: Maria Gonçalves Cavalheiro
Imagem (cartaz): Raquel Fradique
Vídeo- Flash&Foco
Técnico de palco: André Gonçalves e Isaac Lopes
Produção: ADAC
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: > 12 anos
ADAC TEATRO, da Charneca A ADAC, Associação Desportiva e Acção Cultural, fundada em 1975, para a promoção de actividades culturais e desportivas junto das populações locais. A ADAC sofreu transformações ao longo do tempo, tanto nas muitas actividades desenvolvidades como nas infraestruturas disponíveis. Desde há vinte e cinco anos a esta parte, destaca-se o apoio que a ADAC tem dado às bandas de música locais, tanto no seu acolhimento para ensaios, como na realização de concertos em que estas são convidadas a actuar ao lado de bandas e artistas nacionais reconhecidos a nível internacional. Além da realização de concertos, na sede da ADAC, também foram apresentadas várias peças de teatro ao longos dos anos, muitas com projecção nacional. O Teatro da ADAC, sendo uma actividade fundadora da ADAC, em 1975, teve uma actividade intermitente até 2000, ano em que retomou uma produção estruturada, começando a apresentar, com mais regularidade, as suas peças, escritas e construidas pelos seus elementos, tanto na sua sede, como noutros locais, dentro e fora da sua região. Neste momento, o Teatro da ADAC, por ser a sua actividade mais representativa, é basilar na dinâmica cultural da ADAC.
“Hoy viene a cenar mi sobrino concejal” PALIQUE TEATRO, de Hornachos (Espanha). Dia 8 de outubro de 2023, domingo, 17h00m – Teatro Estúdio São Veiga
SINOPSE: Uma família corrupta convida para jantar, um sobrinho, que foi nomeado vereador. Cada membro da família tenta chamar a atenção deste convidado, para os seus interesses, levando ao desrespeito entre eles e às ameaças mais duras. Numa tentativa desenfreada de dar o melhor de si, o pior de cada um deles, transparece por todos os poros. A inveja mancha tudo e faz dela num espectáculo natural, porque foi vivido; e familiar, por ser o pão nosso de cada dia.
FICHA TÉCNICA:
ADAPTAÇÃO E ENCENAÇÃO Juan Francisco Castaño
TEXTO: Concha Rodríguez
INTERPRETAÇÃO: Reme Rabadán, Samuel Díaz, Luis Garrido e Antonio Molano
CENOGRAFIA Palique Teatro
FIGURINOS Mayte Nogales
LUZ E SOM Antonio Jiménez
DESIGN GRÁFICO Marisa Galera
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: > 12 anos
(Espectáculo apreentado em espanhol)
PALIQUE TEATRO Nasce em Hornachos pelo ano de 2002 pela mão de um grupo de amigos, amantes do teatro e da cultura em particular. Durante todos estes anos, a actividade desta companhia tem sido contínua, produzindo peças de teatro, recitais poéticos e recreações históricas para televisão, transformando-se assim numa das associações que mais trabalharam pela cultura na localidade de Hornachos. O seu trabalho teatral, consiste em por em cena, obras de notoriedade, obras inéditas e obras da sua própria autoria. Peças realizadas: 2021 “Hoy viene a cenar misobrino el concejal”, Concha Rodriguez; 2018 “Desterrados”, Juan Francisco Castaño; 2016 “Trenes que pasan”, Miguel Ruíz Pleguezuelos; 2014 “Arsénico por Compasión”, Joseph Kesserling; 2013 “Médico a Palos”, Moliére; 2011 “Habitación 689”, Juan José Alonso Millán; 2009 “Se vende piso”, Juan Carlos Rubio; 2007 “Homenaje a Miguel Hernández” recital poético; 2005 “La taberna fantástica”, Alfonso Sastre; 2003 “Vivir cuerdo y morirloco”, Fernando Fernán Gómez; 2002 “Bajarse al moro”, José Luis Alonso de Santos.
Documentário 25 anos ajidanha Dia 09 de outubro de 2023, segunda-feira, 21h30m – Teatro Estúdio São Veiga
Documentário realizado por Carlos Calika que encena uma retrospectiva cronológica da Ajidanha, em constante paralelismo com a realidade presente, sob o olhar dos seus protagonistas e parceiros, nestes 25 anos de actividade artística, cultural pedagógica e social regular.
Durante os dias do festival, estará patente uma Exposição dos 25 anos da ajidanha. Pode um cartaz condensar todos os desafios de um projecto. É um desafio. “25 anos de ajidanha”percorre a existência da associação na sua dimensão plástica , enquanto objecto comunicacional. É uma oportunidade de revisitar cronologicamente os trabalhos da Ajidanha, no seu contexto de difusão e divulgação.